Cada vez mais, vestir-se bem vai além da estética. Na moda masculina contemporânea, a sustentabilidade deixou de ser um diferencial e passou a ocupar o centro das decisões de marcas e consumidores. Em meio a uma indústria historicamente marcada por excessos e descartes rápidos, um novo comportamento começa a tomar forma: homens atentos ao impacto ambiental de suas escolhas e marcas que respondem com transparência, inovação e responsabilidade.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Nos últimos anos, o avanço dessa mentalidade tem se refletido tanto na passarela quanto nas ruas. Tecidos reciclados, produções em menor escala, durabilidade das peças e rastreabilidade de origem são alguns dos pilares que sustentam essa nova fase da moda masculina. O fast fashion divide espaço com coleções cápsula, produções locais e um apelo crescente ao consumo consciente.

As marcas entenderam que não é mais suficiente entregarem um produto bonito, é preciso contar uma história, mostrar de onde vem cada material e qual impacto ele gera no mundo. Os homens estão mais abertos a conhecer os bastidores do que vestem, buscando roupas que tenham propósito.
Entre os materiais mais utilizados nessa nova abordagem estão o algodão orgânico, o linho de cultivo responsável e os tecidos tecnológicos de origem reciclada, como poliéster feito de garrafas PET. Algumas marcas também têm investido em tingimentos naturais e processos que reduzem drasticamente o consumo de água, um dos grandes vilões da indústria têxtil.
Além da matéria-prima, o design também se adapta. Peças mais versáteis, com cortes atemporais e cores neutras, ganham espaço por favorecerem a longevidade no guarda-roupa. O consumo hoje está mais ligado à funcionalidade. Roupas que funcionam em diferentes ambientes e duram várias temporadas são prioridade para esse novo público masculino.

No Brasil, ganham força iniciativas como brechós especializados em moda masculina e marcas independentes que trabalham com processo de reaproveitamento criativo de tecidos e roupas antigas. A internet também tem seu papel nesse movimento: influenciadores e criadores de conteúdo vêm usando suas plataformas para questionar padrões e incentivar escolhas mais sustentáveis.
É importante, no entanto, distinguir marketing de prática real. O “greenwashing”, que ocorre quando empresas promovem uma imagem ecológica sem adotar ações concretas, ainda é um problema. Por essa razão, especialistas recomendam atenção aos selos de certificação, às políticas de transparência e ao ciclo de vida dos produtos.
Mais do que uma tendência passageira, a sustentabilidade parece ter se firmado como uma nova tendência da moda masculina. Um caminho que une estética, consciência e identidade, respeitando o planeta e o futuro de seus habitantes. Em tempos de mudanças climáticas e consumo acelerado, vestir-se bem passa também por saber escolher o que, como e por que se veste.
Por Rhuan Rodrigues
Estima Notícias! ISSN 2966-4683