ARTIGOS ACADÊMICOS:
João Da Silva Junior | UFRJ
Esse trabalho é fruto de inquietações que trago ao longo dos anos. Os dados apresentados são um recorte, produto de uma pesquisa mais ampla que tem os Cruising Bars como campo de estudos sobre as homossexualidades, as masculinidades e assuntos correlatos. Combinando o desenvolvimento teórico, os dados de campo e a bibliografia especializada, propomos uma análise crítica da ideia de uma recente “crise na masculinidade” ou “crise da masculinidade”. Assim como outros autores, acreditamos que a “crise”, a impermanência e as dessimetrias são partes do próprio “se fazer” “homem”. Questionamos a ideia de que os padrões de gênero são ancorados sobretudo na heterossexualidade. Explanamos como a homossexualidade é importante fator para uma compreensão maior dos homens e da masculinidade, vista como um universo, um sistema e um dispositivo.
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João Da Silva Junior | PPGSA/NESEG/UFRJ
Este artigo é um exercício teórico ainda em desenvolvimento. Certamente algumas das considerações aqui apresentadas serão aperfeiçoadas ao longo do tempo. As elucubrações aqui trazidas têm mais o objetivo de instigar um debate, do que me posicionar como teórico do fazer sociológico. As grandes linhas teóricas da sociologia podem ser divididas em abordagens macrossociológicas e microssociológicas, em perspectivas coletivistas e individualistas. Cada linha ou perspectiva trabalhará por um consenso expresso na busca por uma síntese entre diferentes abordagens ou partirá para uma ruptura com em relação às outras abordagens, entendendo a sua como a mais apropriada para a compreensão dos fenômenos sociais. Segundo Alexander (1987): Por um lado, surgiram escolas radicais e estimulantes de microteorização, acentuando o caráter contingente da ordem social e a centralidade da negociação individual. Por outro lado, desenvolveram-se vigorosas escolas de macroteorização, enfatizando o papel de estruturas coercitivas na determinação do comportamento individual e coletivo. Mais do que esmiuçar os detalhes de cada uma dessas abordagens, pretendo neste enxuto trabalho dar exemplos de como um diálogo maior com os estudos da sexualidade, gênero e correlatos poderiam ajudar a suprir algumas das lacunas e inquietudes presentes em muitos dos trabalhos teóricos que abordam uma macro ou uma microssociologia, tanto coletivistas como individualistas.
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Publicação
05/01/2025

João Da Silva Junior | UFRJ
Este artigo faz uma breve análise sobre a apresentação, informações, representações e observações sobre o bar Station: um Cruising Bar que serviu como um dos campos de pesquisa para a tese de doutorado do professor Camilo Braz. Trataremos sobre as diferenciações do Cruising Bar em relação aos outros locais pesquisados, com especial atenção a definição de um Cruising Bar como um local singular ao invés de tão somente um “Clube de sexo”. Analisa-se os modos como o autor apresentou o local, seu público e sua constituição física, tendo a oferta de cabines privativas para sexo como um dos seus principais diferenciais. Avançamos em algumas elucidações sob a luz da teoria socioantropológica, com o intercruzamento com outras etnografias sobre espaços de “pegação” e interação sexual entre homens. Dado o ineditismo da pesquisa de Braz na época, acreditamos haver certa indefinição nas acepções e abordagens sobre o local. Algo que, ousadamente, pretendemos ajudar a corrigir com base nos conhecimentos atuais desse ecossistema. Por fim, discorre-se em como, embora muito distante temporalmente, o Station foi o precursor do boom de Cruising Bars que surgiria anos depois no Brasil.
Como Citar
Publicação
2024-12-28
