De um dia para o outro eu fui lembrando que os grandes momentos da minha vida continuavam sendo incríveis e agora eu não tinha nenhuma obrigação de compartilhar-los com quem eu não estivesse a fim!
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!
Foi como num sonho. Um belo dia eu acordei e meu Instagram havia sido derrubado. Instantaneamente fui invadido por um sentimento de gratidão e alívio. Ter um Instagram é como escrever uma novela do Manuel Carlos. São muitos capítulos. Umas reviravoltas e expor para as pessoas perguntas que certamente agumas pessoas chatas acharão estupidas, geralmente por que elas são estúpidas.
Tudo pode parecer leve e animado se uma pessoa leva a vida que eu levo. Pode-se falar tudo sobre mim, menos que minha vida não é agitada. E eu acho ótimo.
A foto. A luz. O ângulo. O sorriso. A ressaca. A mensagem. A indireta…. Ninguém te obriga, mas durante um tempo você acredita que você só viveu algo se alguém curtiu. “Se não postou é por que não aconteceu” me disseram. Achei uma frase sem pé nem cabeça. Kkkkk
O Instagram tem duas armadilhas psíquicas já bastante conhecidas dos seres humanos: a primeira é nossa necessidade inexorável de validação. Eu só existo se o outro acredita e afirma que eu existo. Em uma de suas obras mais emblemáticas Émilie Durkheim afirma que antes de tomar a decisão de tirar a própria vida, o sujeito percebe que ele já está morto socialmente. Essa é uma percepção complexa, difícil e se isso está passando pela sua cabeça procure ajuda imediatamente. Mas o que ele diz (eu aqui traduzindo a grosso modo) é que ser reconhecido como relevante para a sociedade é fundamental para que acordamos todos os dias e façamos nossas atividades diárias.
Desde que eu me conheço por gente eu escuto as pessoas falarem que um dia eu serei famoso. Alguns amigos meus dizem que em certa medida eu já sou. Eu particularmente não acredito muito nisso. Enquanto a Ivete Sangalo não me chamar pelo nome eu continuo achando que eu sou é um homem bastante animado e que procuro fazer da minha vida, por que não? Uma Novela do Manuel Carlos. E aqui vou me poupar de ter que explicar por que eu gosto das novelas do Manuel Carlos.
Para dificultar a vida dos futuros prováveis haters eu tenho uma vida bemmmm animada. Um dia estou comendo miolo feito no chuveiro elétrico, no outro estou em um café em Florença. Tem dias que bato altos papos com um morador de rua desconhecido e tem dias que tenho meu nome e sobrenome repetido por Vossa Santidade o Papa.
Essa história do Papa rende até hoje e certamente será assunto para conversas, artigos e livros por toda a eternidade. Eu também já fui na Disney, já fui missionário Mórmon, já gravei um EP cantando axé. Já inventei coisas que são usadas por milhares de pessoas que não fazem ideia de que eu existo. Ter um Instagram era como ter um livro de registro das minhas realizações. Mas uma coisa curiosa aconteceu. Quando meu Instagram caiu quase ninguém notou. Isso me fez ter a certeza de uma coisa: famoso eu não era. A outra coisa foi, eu tenho bem menos amigos do que imaginava kkkkkk. E aovre isso falaremos na Live sexta-feira!
Infelizmente eu preciso entrar no Instagram para trabalhar…. Continua
