Sim, está tudo bem querer só sexo: o valor da honestidade nas relações entre homens

Entre mensagens trocadas em aplicativos, olhares nas festas e encontros que terminam na cama, uma verdade simples e poderosa precisa ser mais falada: querer só sexo não é errado. Desejar o outro pelo corpo, pela química ou por uma vontade pontual não diminui ninguém. Pelo contrário, pode ser um sinal de maturidade, liberdade e respeito consigo mesmo e com o outro.

Durante muito tempo, o sexo casual foi visto com desconfiança, especialmente quando envolvia homens gays. Houve quem dissesse que era promíscuo, superficial ou consequência de carência afetiva. Mas os tempos mudaram e, com eles, o entendimento sobre desejo também evoluiu. Hoje, cada vez mais pessoas entendem que o sexo por prazer pode ser uma experiência positiva, leve e até transformadora, desde que seja vivido com clareza de intenções e consentimento mútuo.

Homens na cama Foto Ketut SubiyantoPexels

A base para esse tipo de relação dar certo é simples: honestidade. Quando alguém entra num encontro deixando claro que não está buscando namoro, romance ou qualquer envolvimento mais profundo, cria-se um espaço mais seguro para que ambas as partes saibam o que esperar. Isso evita frustrações, reduz expectativas desalinhadas e permite que o momento seja aproveitado de forma mais plena.

Também é importante desfazer a ideia de que sexo sem compromisso é sinal de vazio emocional. Muitas vezes, o desejo por conexão física acontece em momentos de autoconfiança, de curiosidade ou simplesmente de vontade de explorar o próprio corpo. Não há vergonha em assumir esse desejo. Pelo contrário, ele pode ser vivido com respeito, carinho e até afeto, ainda que não exista vínculo além da pele.

Ao mesmo tempo, querer só sexo não exclui sensibilidade. Um encontro rápido pode ser gentil, divertido, acolhedor. Pode haver cuidado, escuta, e até uma troca que vá além do toque. Ser honesto sobre o que se deseja não significa ser frio ou distante. Significa apenas reconhecer que existem diversas formas de viver o prazer e que todas elas têm valor.

Não há vergonha em assumir o desejo pelo prazer Foto FreePik

Num mundo que muitas vezes espera dos homens que sejam sempre racionais, duros ou insensíveis, reconhecer o próprio desejo e comunicá-lo com clareza pode ser um ato de liberdade. É uma maneira de afirmar que o corpo importa, que o prazer importa, e que viver isso de forma consciente pode ser bonito, leve e libertador.

No fim das contas, sexo só por sexo pode ser tudo o que alguém precisa naquele momento. E tudo bem. Porque não é sobre negar o amor, mas sobre reconhecer o poder do desejo, do agora e da escolha sem culpa.

Por: Rhuan Rodrigues

Estima Notícias! ISSN 2966-4683

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