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A primeira rainha de bateria foi uma trans

Conheça a história e o legado de Eloína dos Leopardos

Eloína dos Leopardos, mulher trans, que teve parte de sua história contada no documentário da netflix como rainha da beija-flor de nilópolis com joãozinho trinta
Foto: Eloína dos Leopardos | Fonte: Google

Eloína dos Leopardos, mulher trans, que teve parte de sua história contada no documentárioDivinas Divas“, dirigido por Leandra Leal, da Netflix, foi a primeira rainha de bateria do carnaval carioca das Escolas de Samba, em 1976, à frente da bateria da Beija-Flor de Nilópolis. em enredo de Joãozinho Trinta.

Primeiramente, Eloína foi descoberta após sua participação em um concurso de baile de carnaval de 1975, que ficou em segundo lugar.

Sua Fantasia era bem extravagante. Por exemplo, era um biquíni branco com penas de faisão também brancas e rosas.

Esse visual da diva roubou o olhar do figurinista Viriato Ferreira, parceiro profissional de Joãozinho Trinta, a viu por lá e ficou encantado por Eloína.

Então, quando o carnavalesco comentou que precisava de uma figura enigmática para o enredo “Sonhar com Rei Dá Leão”, Viriato logo pensou naquela mulher.

Assim, enquanto passeava por Copacabana, em uma de suas passagens pelo Brasil, um homem a abordou e perguntou se ela era realmente a tal Eloína.

Rainha de Bateria e Diva Internacional

rainha dos leopardos e das escolas de samba do carnaval carioca
Foto: Eloína com os Leopardos | Fonte: Google

Sobretudo, devemos frizar que a diva tinha uma carreira internacional e só vinha a passeio no Brasil desde que estreou no cenário artístico.

Com a volta e reforço da ditadura militar, em meados de 1969, a Musa dos Leopardos teve de se mudar para Paris.

Em 1972, Eloína trabalhou enquanto artista performática em Paris, França se apresentando em cabarés.

De fato, tais espaços representavamuma forma digna de construção de suas carreiras artísticas. Pois, seus espetáculos eram de música e dança.

Todavia, a diva chegou lá sem saber francês, buscando iniciar sua vida na cidade.

Entretanto, só tinha o endereço da hospedagem que levou do Brasil.

Ou seja, um hotel onde outras travestis já haviam passado.

Durante seus anos na Europa, Eloína encontrou reconhecimento profissional e a oportunidade de existir como mulher trans ou travesti.

A rainha de Bateria no Carnaval Carioca

rainha de bateria
Foto: Eloína dos Leopardos | Fonte: Google

Em 1976, foi a primeira mulher a desfilar como rainha de bateria de uma escola de samba no carnaval carioca, pela Beija-Flor de Nilópolis e fez isso por 3 anos concecutivos.

No primeiro ano em que desfilou, Eloína chamou a atenção de todos que ali estavam presentes, e joãozinho trinta sentiu isso.

Inclusive, a do prefeito da época, Marcos Tamoyo, que disse que Eloína tinha samba no pé.

Além disso, a repercussão foi tão grande que a junção de Eloína com o brilhantismo de Joãozinho Trinta levou a vitória.

Em suma, isso deu o prêmio à escola de samba Beija-Flor a vitória no Carnaval carioca daquele ano.

Eloína afirma não ter dado continuidade à atuação enquanto rainha de bateria em função de tentativas de ridicularização contra ela.

Esse foi seu trauma durante a experiência com as escolas de samba.

Em suma, mais uma vez a homofobia ofuscando uma conquista lgbt.

De fato, até hoje, poucas pessoas se lembram de quem foi a 1ª rainha de bateria das escolas de samba.

A Noite dos Leopardos re-invenção da Artista

Foto: Eloína com os Leopardos | Fonte: Google

De volta ao Brasil, nos anos de 1980, Eloína criou um dos espetáculos mais polêmicos e duradouros do Brasil, mesmo lonje das escolas de samba.

“A noite dos Leopardos” foi um espetáculo que ficou em cartaz por quase 20 anos.

As performances continham grupos de rapazes sarados, que subiam ao palco com poucas peças de roupas.

Contudo, no final do espetáculo, todos ficavam completamente nus, com o pênis ereto.

Sobretudo, a peça foi assistida pela própria e única rainha do pop Madonna e outros artistas nacionais e internacionais.

Por exemplo: Liza Minelli, Caetano Veloso entre outros. Inclusive, essa foi a estréia de Guilherme de Pádua, que futuramente assassinou Daniela Perez.

Naquele período, além de se apresentar na peça, Guilherme de Pádua era michê.

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Por: Equipe Estima

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