Transar bastante pode ser bom! Vivemos em uma sociedade onde cada vez menos o prazer sexual consentido entre adultos é entendido e aceito com cada vez menos julgamentos morais paralisantes e condenatórios. Hoje sabemos que falar abertamente sobre sexo, especialmente quando o faz de forma livre e espontânea, pode ser importante para que as pessoas tenham maior liberdade em suas vidas, maior cuidado com sigo mesmos e menos traumas, complexos e diversos problemas que apenas atrapalham seu desenvolvimento e toda a sociedade.
O prazer sexual tem sido entendido como parte natural da vida humana, transar, para muitos, também pode ser uma forma de se conhecer, explorar emoções e até se conectar com outras pessoas de maneira verdadeira. Embora hoje se discuta o quanto uma ampla gama de possibilidades também possa ser uma desafio ao estabelecimento de relações mais sólidas, também já se sabe que o cerceamento das emoções e desejos sadios não é um caminho positivo. O debate avança e com ele a sociedade.

Confundir libido com vazio emocional é uma visão reducionista. Uma pessoa pode ter muito desejo sexual e ainda assim ser sensível, inteligente, amorosa e generosa. Pode buscar encontros casuais sem deixar de valorizar relações afetivas. Pode ser intensa sem ser inconsequente. O desejo não precisa anular a empatia, o carinho ou a profundidade emocional.
A ideia de que o sexo precisa sempre levar a algo mais profundo também é um mito. Há relações que começam com química e crescem em afeto, mas há outras que nascem e terminam no prazer mútuo, deixando memórias leves, divertidas e respeitosas. Cada tipo de encontro tem seu valor, e nenhum é inferior ao outro. O importante está no respeito, na honestidade e no consentimento.
Muitos homens enfrentam cobranças internas e externas para “provar” que são mais do que o desejo que sentem. Essa pressão pode criar culpa, insegurança e até desconexão com o próprio corpo. Quando o sexo é visto como algo sujo ou raso, cria-se um ciclo de repressão que afeta a autoestima e dificulta relações saudáveis.

Por outro lado, quando se entende que o prazer é uma dimensão tão válida quanto a emoção, a comunicação e o pensamento, é possível construir uma vida mais integrada. A sexualidade deixa de ser um tabu e passa a ser uma parte natural da experiência de ser humano.

Buscar o prazer com responsabilidade, explorar desejos com respeito e viver o sexo com consciência não é sinal de fraqueza ou futilidade. É sinal de alguém que se conhece, que sabe o que quer e que valoriza sua própria liberdade. No fim das contas, gostar de transar não te torna superficial. Te torna humano. E quanto mais liberdade tivermos para viver isso com autenticidade, menos peso haverá sobre o que é, no fundo, só uma das muitas formas de sentir e estar no mundo.
Por: Rhuan Rodrigues
Estima Notícias! ISSN 2966-4683