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O futuro do prazer: como a pornografia com inteligência artificial está mudando o jogo

A revolução da inteligência artificial chegou aos nossos desejos. Nos últimos anos, a tecnologia deu um salto tão intenso que não é exagero dizer que vivemos uma nova era da pornografia. Com vídeos hiper-realistas, modelos virtuais personalizados e interações sensoriais cada vez mais sofisticadas, a pornografia feita com IA já não é apenas uma tendência, é uma transformação profunda na forma como consumimos e entendemos o erotismo. E, para muitos homens gays, esse universo digital está abrindo portas para fantasias antes impensáveis.

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Não se trata apenas de gerar rostos bonitos ou corpos musculosos. A IA é capaz de criar experiências completas, com personagens que respondem, mesmo que de modo imaginário, através de uma tela ao toque, ao olhar e até às preferências individuais de quem consome. A customização é o grande trunfo: se você sempre sonhou com um ator pornô que te chame pelo nome, tenha o timbre de voz ideal e atue exatamente como você deseja, isso já é possível, e sem precisar sair de casa. Atualmente o mundo e as empresas estão debatendo os limites disso.

Esse fenômeno colocou em cheque um debate importante sobre padrões de beleza. Existe toda a corrente do pensam sobre que diz que devemos romper com as hierarquias de corpos etc. Um lado dessa corrente diz que as imagens de IA reforçam um padrão estético. Eu me pergunto: quem diz isso com certeza absoluta? Não não estamos nas casas das pessoas paras saber quem e que tipo de imagem ela produz. Acho sim que não se pode levar a sério a imagem que se cria. Ela pode ser um arquétipo. Uma fantasia, mas não seve esperar encontrar boneco quem da Barbie na esquina.

Foto FreePik

Além de vídeos gerados por algoritmos que imitam a linguagem corporal com perfeição, há também plataformas que permitem criar personagens em tempo real, com reações programadas para cada comando. Isso levou a um novo nível de interatividade, em que o prazer deixa de ser apenas visual e se torna também emocional, afetivo e até reflexivo. Tudo isso dentro de um ambiente seguro, onde julgamento não entra e a liberdade é total. O público pode fazer cenas de grupos, solos e em posições que desafiam a gravidade.

Mas o avanço não para aí. No universo masculino, a IA também tem sido uma aliada na representação da diversidade de corpos e fantasias. Se durante décadas os conteúdos mais populares reforçavam estereótipos de beleza e comportamentos, agora é possível quebrar essa lógica com mais autonomia. Quer ver dois ursos latinos se pegando na praia ao entardecer? Ou uma orgia cyberpunk com personagens inspirados em ídolos pop? Tudo pode ser gerado com poucos cliques, e o melhor, com respeito à sua imaginação.

Foto StockSnap

O Sexo no mundo real

Não há estudos que mostrem que atividade sexual entre adultos diminui com a entrada pornografia em IA, A indústria do filmes adultos certamente sofrerá impactos significativos, ou não. “Muita gente pensa que as a pornografia IA vai acabar com os filmes +18 que temos hoje. Isso é a mesma coisa que achar que o forno micro-ondas acabaria com o fogão a gás, o que o CD e Spotfy acabaria com rádio. Haverá ajustes, mas de modo geral os seres humanos não convivem muito bem a ideia de que estão lidando com uma projeção de perfeição” Afirma João Junior , cientista social quem faz dois doutorados em sexualidade e gênero e é membro do do Lapa – laboratório de Trampolina ampliada.

Por dentro do impacto emocional e psicológico

Para entender como tudo isso afeta nosso jeito de viver a sexualidade, conversamos com o psicólogo Marco Aurélio, de 45 anos, especialista em comportamento afetivo e sexual masculino. Segundo ele, a pornografia feita com IA pode ser uma ferramenta poderosa para o autoconhecimento.

“Quando usada com consciência, a pornografia em IA permite que o indivíduo explore suas fantasias sem culpa ou medo. Para muitos homens gays, principalmente aqueles que vieram de contextos mais conservadores, isso representa uma liberdade inédita. Eles conseguem se ver, se desejar e se permitir de formas que antes pareciam proibidas”, explica.

Marco reforça que, longe de substituir o sexo real, essas experiências digitais podem até melhorar a relação com o próprio corpo. “É uma maneira de testar limites, entender desejos, exercitar a imaginação. Claro que, como toda ferramenta poderosa, precisa de equilíbrio. Mas negar seu potencial é fechar os olhos para uma mudança cultural já em curso.”

Foto Pixabay

Um campo de muitas possibilidades

A expectativa para os próximos anos é que a IA continue evoluindo e incorporando outras tecnologias como realidade virtual, realidade aumentada e dispositivos hápticos, capazes de simular sensações físicas. Em breve, a pornografia pode deixar de ser apenas uma tela para se tornar uma experiência completamente sensorial, feita sob medida para cada pessoa.

Esse novo cenário coloca o desejo em outro patamar: o de um prazer criativo, onde a fantasia não tem limites e o protagonismo está nas mãos de quem consome. Para o público gay masculino, especialmente aquele que gosta de se jogar sem pudores em territórios hipersexuais, é uma celebração da liberdade de gozar, no seu tempo, do seu jeito, com quem quiser, mesmo que esse alguém seja um avatar gerado por código.

Por: Rhuan Rodrigues

Estima Notícias! ISSN 2966-4683

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Rhuan Rodrigues
Formado em Comunicação Social e fã da indústria cultural.