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Lado B Projeto: músicas +18 que falam da pegação entre homens.

Lado B Projeto

Nas caixas de som ou nos fones de ouvido, é fato que o homem brasileiro se acostumou a escutar músicas que representam os desejos e vivências sexuais a partir de uma ótica quase que exclusivamente heterossexual. Foi diante dessa constatação que nasceu o Lado B Projeto, iniciativa artística que mistura música e performance para dar voz ao prazer, ao corpo e à subjetividade de homens que se relacionam com outros homens. O projeto não poderia ter surgido em outro lugar que não o Seven Cruising Bar, um lugar que muitos chama de um “oásis de homens”

O projeto idealizado pelo cientista social João Junior nasceu a partir de suas inquietações ao observar o comportamento de homens em diferentes contextos de pegação. Mesmo em ambientes onde há maior liberdade para viver a sexualidade, ele notou que ainda predominava uma narrativa heteronormativa, inclusive nas músicas que embalam esses momentos.

Para João, faltava uma voz masculina que cantasse explicitamente o erotismo e o prazer entre dois ou mais homens, de forma semelhante ao que já se vê nos funks proibidões heterossexuais. O Lado B é a resposta estética a essa demanda, trazendo letras provocativas e representações visuais que colocam em foco o desejo entre homens.

Mostrando os muitos tipos de masculinidade

O projeto aposta na pluralidade de corpos e experiências, buscando não apresentar um modelo pronto, as músicas despudoradas tratam de modo bem humorado e sagaz diversos aspectos das dinâmicas sexuais de uma parcela dos homens, assim suas letras para maiores de 18 anos permite que artistas e ouvintes se reconheçam em narrativas muitas vezes invisibilizadas na grande mídia. O sexo entre homens é apresentado de modo direto e claro. Sobretudo o que João chama de “sexo recreativo”.

A construção musical, inclusive, é pensada cuidadosamente para equilibrar provocação e acessibilidade. Os sons dialogam com o funk, o eletrônico e outros gêneros populares. A ideia é que as músicas circulem nas festas, nos fones ou em qualquer lugar, sempre gerando conversas, reflexões, desconfortos e identificação acima de tudo. Como toda obra artística sempre haverá quem vai gostar e quem vai achar que poderia ser diferente. Estar nas plataformas digitais permite que aqueles que sentiam falta de um funk que falasse abertamente sobre as aventuras sexuais dos homens que curtem homens possam ter seu desejo atendido.

A proposta é bastante ousada: subverter padrões e colocar em evidência narrativas homoeróticas por meio da música, sempre com uma pegada libertadora e, acima de tudo, autêntica. “Nosso ideal artístico é provocar e mostrar que os homens podem se expressar de diferentes modos e que não necessariamente precisamos ancorar nossos modos de fazer sexuais em uma matriz marcadamente heterossexual”, afirma.

Também existe um convite à reflexão sobre as etiquetas da sexualidade. O idealizador do projeto não enxerga que o Lado B se comunica apenas com homens gays ou homossexuais. “Nosso som busca falar de homens que têm atividades sexuais com outros homens, ponto.” O objetivo é ampliar o repertório de representações e normalizar vivências que sempre existiram, mas quase nunca encontraram espaço no mainstream musical.

Superando desafios

Apesar da inovação, o projeto enfrentou resistências desde o início. O mercado fonográfico tradicional não acolheu de imediato a proposta, e os desafios logísticos de produção e distribuição continuam presentes. “Quem vê as músicas prontas não faz ideia do trabalho que dá compor, produzir e distribuir. Preparar para entregar exige esforço e dedicação”, explica. O projeto só foi possível graças a ajuda de um pequeno grupo de produtores, técnicos, designers e músicos de vários estados que acharam a ideia necessária e artisticamente relevante. A grande maioria participou das criações de modo voluntário.

Hoje, o projeto já circula por diferentes estados, com DJs de todo o Brasil incluindo suas faixas em sets e festas. Mesmo assim, conquistar espaço em playlists e plataformas digitais ainda é um desafio. “Nos pits que fizemos não obtivemos boas respostas, mas acreditamos muito no projeto”, destacam.

Para bem da verdade o Lado B Projeto de junta a uma geração de novos artista gays, ou bissexuais que cantam sua própria sexualidade. Tem crescido o número de rappers e MCs assumidamente gays e o “funck proibidão gay” já pode ser considerado um estilo próprio dentro do ritmo que faz sucesso pelo país.

Prazer sonoro

O mais recente lançamento do projeto é um álbum que fala sobre o Seven Cruising Bar. O Seven você já sabe é um bar para homens maiores de 18 anos! O álbum foi inteiramente inspirado no bar. Um dos slogans dos artistas é “músicas para fuder”, assim o som do Lado B Projeto faz a pegação e o vulco vulco do local serem ainda mais intensos, não atoa o Seven Cruising Bar é considerado como melhor bar para homens do Brasil sendo o dententor da marca Cruising Bar no Brasil há anos.

Com uma proposta sonora provocativa e um olhar atento às complexidades da masculinidade e da sexualidade, o Lado B Projetos se consolida como uma iniciativa artística que desafia normas e amplia possibilidades. Para quem deseja conhecer mais o convite está feito: siga a Lado B Projetos no Spotify e instagram. www.ladobprojeto.com.br

Você também pode acompanhar as notícias sobre a Lado B Projeto e tudo que há de interessante na indústria musical aqui na Estima Notícias.

Quer dar um pulo no melhor bar para homens?

O Seven Cruising Bar tem unidades em algumas cidades.

No Rio de Janeiro o fervo testosterônico fica na Praça da República 141. Segundo Andar.

Apenas homens maiores de 18 anos!

Não é permitido telefones celulares!